Não cometer adultério; não fornicar;
Não fazer amor; Não copular; Não transar
Não masturbar-se; Não ejacular; Não tocar o clítoris

Sexto Mandamento do Êxodo

De Claudio Simeoni, traduzido por Dante Lioi Filho

Cod. ISBN 9788891173003 Livro pode ser encomendado nas livrarias

Os dez mandamentos: italiano

Não masturbar-se; Não ejacular; Não tocar o clítoris

Não cometer adultério; não fornicar.

Não fazer amor; Não copular; Não transar.

Não masturbar-se; Não ejacular; Não tocar o clítoris.

Não ter relação com o mesmo sexo; Não manter amizade com prostitutas; Não desfrutar da pornografia.

Êxodo 20,14

Trata-se do sétimo mandamento do Êxodo, o sexto para a igreja católica.

A sexualidade humana é o principal canal para a difusão da estrutura emotiva dos Seres Humanos. A energia sexual é a energia da vida. É a própria vida.

Controlar a sexualidade dos Seres Humanos significa controlar a vida de cada um deles, controlar as suas ideias, controlar o modo de ser privativo de cada Ser Humano no mundo.

O controle militar da sexualidade foi introduzido, no campo religioso, pelos hebreus enquanto eram deportados à Babilônia.

Os hebreus (como já vimos) impuseram a circuncisão para sinaliza-los e distingui-los dos babilônios, e desse modo impedindo os hebreus deportados de se integrarem com as variadas populações que estavam presentes na Babilônia.

A circuncisão era uma prática que já existia no Egito, só que não tinha um caráter religioso, mas apenas e tão-somente uma particularidade médica voltada à higiene. A circuncisão feita pelos hebreus obedece a uma ideologia religiosa muito simples. Os hebreus fazem parte do gado do deus-patrão deles, e são os que querem uma distinção entre os Seres Humanos que seguem outros Deuses. Como gado devem ser marcados porquê somente deste modo o deus proprietário deles pode distingui-los no meio de outros povos.

Os cristãos para controlarem as pessoas usam do seguinte método: apropriarem-se da sexualidade delas. Os cristãos fazem da abstinência sexual e da impotência sexual o elemento central da religião deles.

O diferente Jesus, aquele que tinha como única atividade sexual, conforme podemos vislumbrar nos evangelhos, a atividade sexual que estava ligada à pedofilia (Marcos 14,51), faz da abstinência sexual um modo para poder controlar as pessoas e, evidentemente, controlar a sexualidade delas.

Marcos 14,51: "E um certo jovem o seguia (seguia a Jesus), envolto em um lençol sobre o corpo nu. Nele lançaram-lhe a mão. Mas ele, largando o lençol, fugiu nu."

Está em Mateus a exigência manifestada por Jesus para que os homens se tornem eunucos (emasculados) para que ganhem o reino dos céus (Mateus 19,12)

Mateus 19,12: "Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o."

Paulo de Tarso (aquele que foi transformado pela igreja católica em "são Paulo") era impotente sexualmente e considerava a sua impotência sexual um dom, uma bênção do seu deus, porque sendo impotente não poderia pecar. A ideologia dele era a da aversão à sexualidade, constituindo, desse modo, a impotência sexual dele o elemento central e modelo da sua ideologia religiosa a ser seguida por outros homens. (1 Corintios 7, 6 -9)

1 Coríntios 6:9: "Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem os imorais, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem os efeminados, nem os sodomitas."

Toda a fé cristã é imposta por meio da coerção sexual, um impedimento sexual, e por meio de um terrorismo sexual, contra as pessoas e particularmente contra as crianças.

[...faltando um parágrafo...]

"Diante da mil emboscadas tramadas contra a pureza dos nossos jovens, em meio à atmosfera corrompida que faz enfraquecer a primavera da vida e destrói a alegria das almas jovens, podem os educadores cristãos e sacerdotes ficarem inativos? Santo Afonso de Ligório (Alphonsus Maria de' Liguori) escreve: "Entre os condenados que povoam o inferno não existe nenhum que não tenha pecado contra o sexto mandamento, e os 99% são efetivamente condenados por este pecado." Se podemos considerar este adágio como uma opinião pessoal, não nos é possível fechar os olhos diante das terríveis consequências deste vício. Atualmente, ao jovenzinho, que mora nas grandes cidades, as coisas mais perigosas não lhe são desconhecidas. Muitos jovenzinhos têm os hábitos viciosos logo na primeira idade, de modo que não se poderia supor que eles tivessem o conhecimento da natureza do pecado. Quando eles reconhecem a gravidade da maneira como agem, depois de anos de hábitos ruins, não sabem mais como se desligarem do pecado. Com frequência nos olhos dos jovenzinhos existe uma chama inquieta, eles têm os seus livros preferidos nos quais com desejo ardente de curiosidade podem encontrar revelados os mistérios mais delicados; o sorriso cínico de velhos depravados é visto às vezes no rosto de jovens entre quinze ou dezesseis anos. Como o fruto não amadurecido, aonde internamente existe um verme escondido, quantos dos nossos jovens se deterioram antes de terem alcançado o âmbito dos nobres ideais da vida. Quantos pastores de almas se fatigariam para encontrarem entre os jovens, além do quinze ou dezesseis anos, que se conservam totalmente puros. Uma estatística de médicos alemães fala de um percentual altíssimo de jovenzinhos onde a pureza naufragou. Mesmo se essa afirmação fosse exagerada, o número de vítimas desse terrível vício permanece muito elevado."

Toth Tihammer, "A educação espiritual do jovem", 1943, ed. Livraria emiliana, editora Veneza, páginas 114-115.

OU:

"Em muitas vidas de santos nota-se esta relação íntima com os anjos. Inclusive se se desejar ver nos relacionamentos angelicais de santa Cecília uma lenda poética, uma coisa permanece certa: pelos incentivos do anjo da guarda há almas que lutam por uma pureza angélica, e estão seguras de alcança-la; desses relacionamentos angélicos caem todos os véus. O sacerdote é obrigado, pela sua alta distinção, ao chamamento para seguir tais caminhos. Todo o povo quer que ele seja angélico também nas suas conversas. "Ele não deve percorrer os caminhos ordinários e que são percorridos por outros homens, mas deve percorrer os caminhos dos anjos do céu e dos homens perfeitos sobre a terra" (imitação de Cristo 4,5). Quando o Tomista (seguidor de Tomás de Aquino) passou por uma hora tormentosa, que ele com um vontade férrea conseguiu superar, então os anjos desceram em direção a ele e lhe deram um cinto (cilício), que por toda a vida tornou livre das tentações sexuais. Esta narração simples no Breviário de 7 de março tem um significado profundo como norma para o nosso modo de vida. Vivendo assim, o sacerdote encontra uma bênção escondida nos relacionamentos íntimos com o rei dos anjos, degusta antecipadamente essa felicidade, que espera apenas aquelas almas virgens, que estão mais próxima do divino Cordeiro no reino da glória (Apocalipse 14,4)."

Páginas 102 -103, cardeal Adolfo Bertram "Sempre mais e sempre melhor na vida sacerdotal ". Ed. SEI 1933.

E, então, as consequências dessas aberrações:

'Tendo se tornado sacerdote, por sua vez, ele começou a ter uma relação sexual, com consentimento, com um padre mais jovem que, finalmente, acabou revelando tudo ao bispo, provocando um afastamento imprevisto da paróquia do nosso autor.

"Recebi uma educação católica e estava orgulhoso de ser um sacristão. No verão em que completei 12 anos de idade, o meu padre preferido deixou a paróquia [...] o novo padre vem confortar-me [...] No transcorrer do verão ele se torna o meu melhor amigo [...] mas na estrutura do nosso relacionamento começaram a germinar as sementes da confusão [...] enquanto assistíamos à televisão junto com a família, eu e o padre Larry estávamos sentados do lado de trás das outras pessoas, eu e ele de mãos dadas. Isto levou à carícias mais íntimas [...] . Alguns dias depois, então, começamos a praticar sexo de um modo mais completo. As minhas recordações mais terríveis são as de que, nós dois, que fizemos sexo e, logo depois, descemos ao andar de baixo para jantarmos com a minha família. Geralmente o Padre Larry abençoava a mesa enquanto eu rezava em silêncio, eu suplicava para que a família não viesse a tomar conhecimento daquilo que havia acontecido lá encima.

"Consegues imaginar? - pergunta Frawley-O'Dea com a sua participação a respeito das consequências psicológicas dessas seduções sinistras. Conforme a autora explica, o choque psicológico provocado por essa quebra vinda de uma estimulação excessiva, e por essa absoluta traição pessoal, requer a intensificação de um mecanismo de defesa, de separação, precursor, por sua vez, de consequências devastantes. O adulto trapaceiro é capturado no mundo íntimo do menino que sofreu o abuso.

Haverá um lugar que é dominado pelo terror, por uma raiva impotente porém furiosa, e por uma dor tal que, literalmente não existem palavras para descreve-la [...] Para as vítimas de abuso por parte de um sacerdote, um colarinho romano, o perfume de incenso, a refração da luz através dos vitrais a uma certa hora do dia, o som do órgão, ou com maior razão, o relacionamento com padres e bispos misturam-se com o relacionamento do abuso específico e podem, facilmente, fazer emergirem estados do Eu estranhamente separados.

Os padres autores de abusos sexuais que foram vítimas de outros sacerdotes, na infância deles, devem além disso imaginar a perversão psicológica do ritual sacro invadir a vida deles. Por exemplo, o caso discutido de Celenza, Padre J., um padre responsável com conduta sexual inapropriada em relação a alguns paroquianos adultos, na época em que era sacristão, foi violentado por um padre da paróquia, que o induzia a praticar sexo oral todas as semanas após a missa. Durante a terapia, o padre chegou a entender que o ritual semanal tinha contribuído para que ele ficasse convicto de que era um ritual de maldade: ficou preso em um círculo vicioso de purificação e de pecado, e portanto acreditava que necessitava de uma nova purificação [...] do tipo de um ritual de batismo purificador, e assim pecado e uma nova necessidade de outra purificação, interligando a ejaculação como a água que suja, e que também limpa, juntamente com água santa e água abençoada.

[...]

De modo análogo, Richard Gartner cita um dos seus pacientes, que descreve uma perda em termos espirituais. Definindo-se "um homem religioso mas sem Igreja", o paciente contou: "Eu tinha entrado para o seminário porque o catolicismo significava alguma coisa para mim. Mas agora, não posso entrar em uma igreja sem ter vontade de vomitar. A minha mulher me diz: "Vamos a uma igreja episcopal, é quase a mesma coisa!" Mas não é a mesma coisa. Não sou um episcopal, sou um católico. E não existe nenhum lugar onde eu possa sê-lo."

Extraído de: "Atos impuros - a praga do abuso sexual na igreja católica - aos cuidados de Mary Gail Frawley-O'Dea e Virginia Goldner , ed. Raffaello Cortina.

E ainda:

"Os padres não reputam correto o monopólio dos abusos sexuais. Conheci vítimas de abusos perpetrados por familiares, professores, treinadores, líder de escoteiros, baby-sitter (babá eventual), vizinhos e médicos, para não citar os expoentes do clero não católico. Todavia, os abusos cometidos pelos padres têm consequências particulares para as vítimas deles. As crianças católicas aprendem a chamar os membros do clero de Pai, Mãe, Irmã, Irmão. Existe o intento comum, costumeiramente benévolo, de tornar os eclesiásticos parte da "família" do paroquiano. As crianças podem interpretar essas ideias dos adultos de um modo contrário ao explícito. Além disso, um padre não é simplesmente "um" pai. É um representante direto do Pai, uma representação viva do cristo. Um padre disse claramente a um menino que: resistir as perturbações dele significava ir diretamente contra a vontade de deus. Tenha a coragem de considerar os representantes do clero como membros especiais da família, que são dotados de uma relação direta com deus.

Como podem os meninos compreenderem o fato do Pai, Mãe, Irmã, Irmão endereçar a eles renúncias sexuais? Um membro sacrossanto da família os traiu profundamente! Quanto mais eles acreditam que o padre tem um relacionamento com deus, mais grave será a traição! Quanto mais os meninos indefesos aceitam a implicação familiar pelo fato de chamar os membros eclesiásticos de Pai, Mãe, Irmã ou Irmão, mais ainda o abuso sexual assume o aspecto incestuoso. Neste sentido, muitas vítimas de sacerdotes devem ligá-los, no plano psicológico, ao incesto. Quando um menino é abusado por um padre, é possível que não tenha apenas uma crise de fé; pode, literalmente, sentir que está traindo a deus. Sabe que aquilo que o seu agressor está lhe propondo não está correto, porque aquele agressor manifestou o seu voto de castidade. Além disso, o menino está seguro consigo mesmo de que não quer nada de sexo com o sacerdote; o menino indefeso pode pensar que ele é o culpado pelo padre quebrar a sua promessa com deus, um pensamento que lhe vem à mente pelo só fato do padre trapaceiro dizer-lhe que só está agindo daquele modo porque ele é especial (ou belo). Qualquer que seja a intenção do homem ao dizer essas coisas, o menino ou o jovem pode deduzir que o abuso foi cometido por sua culpa. Quando o adolescente toma consciência de que foi usado por aquele que tem ligação direta com deus, o mundo espiritual dele começa a desabar. Os rapazotes que mais facilmente sofrem abusos, por parte de sacerdotes, são os que vêm de famílias com convicções religiosas fortes. São os que podem ser sacristões ou os que cantam em coro; com grande probabilidade se sentem mergulhados na vida religiosa e nutrem uma visão ideal dos próprios mentores espirituais. Por outro lado podem vir de famílias problemáticas, e por isso, buscam dentro da igreja as figuras que desejariam dos genitores, e não têm; figuras de parentes que substituam os modelos que em casa deles eles não têm, e sentem falta."

Extraído de: "Atos impuros - a praga do abuso sexual na igreja católica" - aos cuidados de Mary Gail Frawley-O'Dea e Virginia Goldner - ed. Raffaello Cortina.

Está muito evidente que a repressão à sexualidade ordenada pelo deus dos cristãos tem o objetivo de gerar situações de fobia ao serviço de uma hierarquia social, onde as pessoas são apenas componentes de um gado que deve ser usado.

Assim, a repressão à sexualidade infantil, por parte das igrejas cristãs, tem o escopo de induzir à submissão e à dependência, inclusive a dependência sexual, em relação a uma hierarquia de comando social que provém de deus.

Um exemplo disto temos na repetição de Maria por intermédio do Magnificat. Eu - diz Maria - sou o objeto que tu, deus-patrão, possui. O modelo que deus, através de Lucas, propõe aos indivíduos da sociedade e coloca a base aos subjugados para a hierarquia social.

O controle da sexualidade dos Seres Humanos constitui o objetivo do cristianismo e, particularmente, da igreja católica.

Vamos analisar os vários aspectos das proibições que este mandamento propõe às pessoas. Proibições essas que, estão implícitas nas regras sociais ditadas pela Constituição, e que devem ser conforme os comportamentos dos cristãos dentro da religião deles, e não conforme os comportamentos que a sociedade impõe realmente.

(Observação do aqui tradutor: Quando é dito que uma Lei é mal-interpretada é porque o Legislador não soube elaborá-la)

A igreja católica afirma:

"2351 - A luxúria é o desejo caótico ou o uso imoderado do prazer venéreo. O prazer sexual é moralmente dissoluto quando é procurado por si mesmo, isto é, quando está fora das finalidades da união e da procriação.

A libido de onde deriva o conceito cristão de luxúria, é difundida no conceito de amor, o Eros de Hesíodo que por primeiro surge da Noite Negra, e que é manifestado na vida de cada Ser em particular e manifestado pelo Ser Humano, que é o nosso caso.

O que procuram os homens e as mulheres com a luxúria?

Buscam a desagregação da consciência deles para recompô-la em um outro plano emotivo e racional diferente.

Renunciar a luxúria significa aguardar, passivamente, a morte do corpo físico, da consciência e do coração (ou se preferem, de tudo o que se quer compreender quando o termo "alma" é usado).

Para poder ser entendido a perversão desumana das afirmações que constam no Catecismo da igreja católica, que deseja orientar o impulso da vida, o desejo do impulso de necessidade da libido, endereçando-o às funções do nascimento e do crescimento do indivíduo no mundo, funções essas que têm somente as finalidades impostas pelo deus-patrão cristão, como sendo impulsos exclusivos para produzirem gados humanos, é suficiente ler Ludwig Binswanger (1881-1966, psiquiatra suíço) e as reflexões dele (tirado do dicionário de psicologia de Umberto Galimberti à voz do "amor"):

"O amor é considerado por Binswanger a forma mais elevada aonde se exprime o "estar presente; o existir" no verbo ser;' ser amante' não indica aquela colaboração ou aquele estar de acordo enquanto é meu, me pertence; não é o ser em razão de uma só pessoa, mas em razão de uma outra pessoa: de mim e de você. O ser em relação ao amor de alguém indica aquela pessoa que ama: 'eu sou o amor', 'eu sou aquele que ama' (indica aqui individualidade), aquela 'autoridade pessoal'. [ *Nota deste tradutor: "como a partícula "ci" dell'esser-ci, no idioma italiano). Ou seja, o 'ser' no amor não é um "eu", mas um "nós"] (1942, p.65). Isto comporta uma modificação no espaço [*nota do aqui tradutor: a tomada de consciência do próprio sujeito do seu corpo em relação ao meio ambiente, ao lugar e/ou às pessoas*] e no tempo. O espaço do amor é, de fato, abolição de todos os lugares, assim como o tempo é captado num instante eterno que ultrapassa a contagem temporal do presente, futuro e passado. A mesma linguagem que, para Binswanger, é sempre um revestimento do pensamento que leva a persuadir, a demonstrar, desanuviar, especificar, sofre uma transformação porque "a dualidade do amor não tem necessidade de um clarificação, porque em si e por si mesma, ela mesma já vem à luz.

"[...] O centro do amor é o coração que manifesta uma abertura para o somos de cada "sou" particular, uma abertura ao "nós" na dualidade amantes: "No ser/estar-juntos-no amor" o "somos descobre-se como "coração" e "o ser", existir, estar presente ("o" de do Dasein) ser revela como a pátria está no coração (1942, p. 109). Nesta pátria "a dualidade no amor é pura exaltação, uma totalidade que não se articula, é indeterminada, sem divisão, portanto algo de extraordinário, imobilidade silenciosa, sem haver quase respiro, uma imobilidade que de nenhum modo significa negação ou privação, ao contrário. indica o supremo e o mais positivo, embora mudo, conclusão de todo o "somos" (1942, p.200). Quando os amantes passam do silêncio ao diálogo, para isto não existe um tema específico, nem um escopo preciso, não é socrático, sofístico, político, econômico, mas a sua característica é para exprimir aquela autenticidade que é o próprio ser si mesmo enraizado no coração. Restritamente falando, o diálogo amoroso não possui conteúdos, porque não se leva em consideração o que um diz, mas considera-se que é ele que o diz." Dicionário de Psicologia de Umberto Galimberti, com referência ao vocábulo "amor".

Trata-se do uso da luxúria que, do mesmo modo que ela levou aos nascimentos das pessoas, assim, desestruturando a estrutura racional delas por intermediação do ato sexual, a reestruturação em um estado consciente racional superando as barreiras do espaço e do tempo, que o presente racional erigiu a limites insuperáveis.

A igreja católica fala do ato sexual, a luxúria, como um "desejo desordenado", desordenado como o surgir da vida. Não sabe de onde surgir. Ela não encontra nenhuma finalidade no emergir (da vida). A luxúria tem como escopo somente ela mesma, a sua conservação e a expansão do sujeito no presente específico. Isto acontece devido à energia sexual, a libido, a luxúria, seja qual for o nome dado à energia sexual, todos constituem a vida que se difunde surgindo da não-vida na qual a igreja católica, os cristãos, querem aprisionar a existência humana. Não é sem razão que, ao descreverem Eros, os antigos o apontam como aquele que libera dos grilhões, ou se preferirem quebra os protocolos.

É maldoso, perverso e desumano pensar na libido, na luxúria, como um impulso, uma tensão, que tem como finalidade a procriação. É, sem nenhuma dúvida, uma condição desumana, violenta, perversa, criminosa. Obrigar as pessoas, constrangendo-as (psicologicamente) a negarem o desenvolvimento pessoal, moral e social. Condenar a libido, a luxúria, impondo-lhes uma finalidade, significa condenar a sociedade, usando os indivíduos que a compõem; significa condená-los a uma doença mental, induzi-los à depravação, levando-os à cometerem violências sexuais, impeli-los a uma incapacidade para administrarem as relações entre cada indivíduo, em particular, com o mundo em que ele nasceu.

"2352 - Por masturbação deve ser entendida a excitação voluntária dos órgãos genitais, tendo a finalidade de obter-se um prazer venéreo. " Que esteja o ensinamento da igreja - dentro de uma linha tradicional constante - e que, esteja dentro da consciência moral dos fiéis que afirmam, sem nenhuma hesitação, que a masturbação é um ato grave que está intrínseco à depravação." "Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual, que esteja dentro das relações conjugais normais, contradiz fundamentalmente com a sua finalidade." Por conseguinte, sem essa depravação, o gozo sexual que é procurado na "relação sexual exigida pela ordem moral, dentro de um contesto de amor verdadeiro, no sentido íntegro de doação mútua, está, pois, voltado à procriação humana..." [Congregação para a doutrina da fé (Ratzinger) dich. Pessoa humana, 9] - O catecismo da igreja católica; ed. Leonardo 1994

O ódio pelas pessoas que a igreja católica e o cristianismo, em sua totalidade, sempre professou tem sido um mensageiro de grandes danos e de grandes sofrimentos para as pessoas e, particularmente, para os rapazes. O ódio que a igreja católica impôs por intermédio da violência, têm construído nos jovens e nas pessoas indizíveis sentimentos de culpa. e por meio desses sentimentos de culpa é que a igreja católica pôde dominá-los (até os dias de hoje).

Cito, do Dicionário de Psicologia de Umberto Galimberti, sobre: à voz da "masturbação":

"A masturbação é considerada uma etapa normal do desenvolvimento sexual; a masturbação não causa alterações físicas ou psíquicas, a não ser na medida em que ela é reprimida inadequadamente, ou acompanhada por sentimentos de culpa, ou quando é inapropriada no caso de o indivíduo ser incapaz para encetar relações sexuais completas. Torna-se patológica quando vem a ser praticada com exclusividade, ou preferencialmente, aos relacionamentos sexuais normais. Nestes casos, quando não é uma conduta consequente de estados frenéticos ou ansiosos, é interpretada como um sintoma de regressão ou de fixação a estados precedentes do desenvolvimento psico-sexual."

Dicionário de Psicologia de Umberto Galimberti à : voz da "masturbação".

Parece-nos evidente que o modo e as atividades cristãs usados para criminalizarem a masturbação constrange os jovens e as jovens a interiorizarem sentimentos de culpa obrigando-os a viverem um relacionamento conflitante, entre o corpo e a libido individuais. Esse disparate acaba por destruir as vidas deles e, consequentemente, sacrificando o desenvolvimento do garoto e da garota no mundo em que vivem e perante a sociedade. São enormes as culpas da igreja católica que, tentando se apoderar dos espermas de inúmeros indivíduos para obrigar as pessoas a se submeterem a um uso da libido pervertido em nome de uma "castidade" que não existe dentro da igreja católica (eis a pedofilia como a testemunha ocular), nem dentro das igrejas protestantes cristãs, inculcando nas mentes infantis e juvenis que a atividade sexual tem a única finalidade de procriação humana. Todos esses grandes atos criminosos contra a expansão da vida sexual, em seu aspecto físico e psicológico, são atribuídos à todas as igrejas cristãs, sem nenhuma distinção, em decorrência do deus cristão e do cristo Jesus deles. Todas as torturas, tormentos, autoflagelações às quais um número incalculável de jovens têm se submetido, no decorrer de dois milênios, incidem como uma marca, uma mancha, um estigma de uma podridão oriunda da infâmia sem qualificação, e tudo decorrente do deus criminoso que eles acreditam.

"À poluição, claramente verificada, necessita-se aplicar os remédios convenientes: físicos e morais. Os remédios físicos podem ser úteis para curarem das poluições voluntárias e involuntárias; esses remédios consistem em uma grande temperança, em um método de vida pudico, na abstinência de alimentos com calorias e de licores muito fortes, ao fazer-se uso da água e do leite, dormir sobre leitos não macios e dormirem pouco, mergulhar em banhos frios, e outros remédios que os médicos costumam sugerir, mas que no entanto raramente são eficazes. Os remédios morais são especialmente, a fuga dos objetos que costumeiramente induzem a mente às ideias da lascívia, o vigiar a si mesmo, governar os sentidos; mortificar a carne; meditar sobre os males que são oriundos do hábito às poluições; pensar na morte, ao julgamento de deus, no inferno, na eternidade; fugir da preguiça, fugir de ser taciturno, fugir da solidão; rezar e frequentemente confessar-se, etc. etc. Os confessores podem também, prudentemente, aconselhar aos jovens muito corrompidos pela leitura de livros, outros escritos sobre os argumentos médicos, como, por exemplo, o onanismo de Tissot, e melhor ainda o opúsculo de Doussin-Dubreuil intitulado: Perigos do Onanismo. Este último livro pode ser indicado como um remédio, aos jovens corrompidos, sem nenhum perigo." Extraído de: Vênus no tribunal da penitência(sexo em confissão) de Monsenhor Bouvier ao comentário de Barbara Alberti, editor Claudio Gallone 1999

Terrorismo endereçado aos jovens:

"2353 - A fornicação é a união carnal entre um homem e uma mulher livres, fora do matrimônio. Ela é gravemente contrária à dignidade das pessoas e à sexualidade humana, naturalmente organizada seja para o bem dos esposos, seja para a geração e educação dos filhos. Além disso, é um escândalo quando há corrupção de jovens." Catecismo da igreja católica; ed. Leonardo 1994

Fornicar, fazer amor, acoplar-se, ir para a cama, e todos os outros modos falados popularmente: foder, dar uma metida, copular, afogar o ganso, transar, trocar o óleo, etc. Quem tiver outras maneiras de dizer, que as pronunciem. Fornicar é a liberação dos impulsos da vida, que surgiram por primeiro, originariamente, quando o ovo do universo se abriu dando origem à vida. A vida é Eros. Somente se manifestando em cada sujeito Eros alimenta a vida em cada sujeito. A negação de Eros, dentro dos Seres Humanos, torna-os escravos. Escravos de um deus-patrão que pode, assim, alimentar a patologia psiquiátrica desses escravos. É a patologia da onipotência e da dependência. O sexo é o modo com que a vida se manifesta; impeçam, limitem, regulem o sexo e, então, estarão cometendo crime contra a vida: exatamente como o deus dos cristãos ao dar as ordens dele no sexto mandamento.

É de tal maneira desumana, perversa e maldosa a proibição para se fazer amor quando a pessoa necessita e sente prazer em fazer amor, com a outra pessoa que lhe agrada; e exatamente porquê proporciona prazer que, uma vez que essa proibição não é mais mantida pelo terror das armas e da torturas da igreja católica, os costumes sociais estão se modificando e estão se aproximando sempre mais dos costumes naturais do que aproximarem-se do desejo de se apoderar (dos Seres Humanos) por parte do deus-patrão dos cristãos, um prazer que ele sempre negou e condenou.

Fazer amor significa CRESCER! É a necessidade fundamental e o desejo de cada Ser da Natureza, que propaga essa necessidade conforme a espécie em que veio a ser. Os Seres da Natureza, e os Seres Humanos, que é o nosso caso, fazem amor, copulam, porquê têm necessidade de fazê-lo, e não o fazem para um fim diferente da procura deles pelo prazer. É não-natural e desumano atribuir um fim à satisfação de uma necessidade. Sabemos que o comer nos faz crescer e nos dá força, proporcionando-nos energia; no entanto, não comemos para crescermos, mas porquê temos necessidade de comer. O comer quando sentimos fome nos dá prazer. Saciarmos a fome cria em nós um estado de prazer e de bem-estar que, tem como consequência, o crescimento e a reposição de energia. Só que, a reposição de energia, ou o crescimento, não constituem a finalidade pelo qual nos alimentamos, mas comemos para procurarmos prazer separando os alimentos que nos dão maior ou menor prazer. O mesmo vale para o sexo. O mesmo vale para fazer o amor. Não existe um "fim do amor", existe sim a busca do prazer. Existe uma busca que modifica um estado de ser e, dessa modificação, pode-se procriar. Mas, o procriar, quando é imposto como finalidade do prazer sexual torna-se uma ação criminosa, que redunda na construção da miséria social.

"2354 - A pornografia consiste em subtrair da intimidade do parceiro os atos sexuais, reais ou simulados, para exibi-los diretamente a terceiras pessoas. Ofende a castidade porque desnatura o ato conjugal, presente íntimo dos esposos, um em relação ao outro. Prejudica muito a dignidade daqueles que prestam para isso (atores, comerciantes, público), porque um se torna para o outro um objeto de prazer rudimentar, e de um ganho ilícito. Surgem uns e outros da ilusão de um mundo irreal. É uma culpa grave. As autoridades civis devem impedir a produção e a difusão de materiais pornográficos." - O catecismo da igreja católica, ed. Leonardo 1994

A pornografia não somente constitui uma atividade lícita e legítima, mas representa a única esperança dos Seres Humanos para alimentarem este tipo de tensão emotiva, que é capaz de tirá-los do horror do deus-patrão dos cristãos. A repressão à sexualidade e a imposição da abstinência alimentam o desejo sexual e, quando o cristão cede a esse desejo, ele entra em um estado de depressão, que é o resultado dos sentimentos de culpa que ele sente por ter se esquivado da repressão e da continência. Eugenio Borgna entende os motivos da depressão endógena em:

"As manifestações de culpa depressiva podem se diferenciar em culpa moral (quando o indivíduo tem consciência de ter violado normas fundamentais em instâncias comuns do contexto social e cultural em que ele vive); em culpa religiosa (quando se tem consciência de não ter respeitado normas ligadas aos contextos de fé na qual se acredita); e em culpa da existência (quando o viver é sentido como fonte de culpa intolerável)." Dicionário de Psicologia de Umberto Galimberti

Todos esses sentimentos de culpa têm origem na imposição da religião cristã aos rapazes e, quase que exclusivamente, no sexto mandamento: o não cometer adultério ou não fornicar que impedem as pessoas de disseminar de uma maneira sistemática e continuada o ato sexual, com quem se deseja e quando se deseja. O princípio do prazer que impulsiona interiormente o homem, porquanto é um princípio no qual a vida está imersa, e por meio do qual o Ser individual se aprimora, é substituído pelo princípio do dever que, negando a naturalidade e a regularidade do princípio do prazer idealiza os sentimentos de culpa nas pessoas e alimenta o delírio de posse, ligado ao sexo, nas hierarquias sociais.

A pornografia alimenta o mercado criminoso somente porquê a igreja católica e as religiões monoteístas condenam-na para construírem sentimentos de culpa, os sentidos do pecado com os quais controlar as pessoas. O episódio de Marrazzo, o presidente da região do Lácio, mostra-nos como o sentimento de culpa impediu Marrazzo de comportar-se como uma pessoa civil que estava reivindicando o seu direito individual à sexualidade. Não é a pornografia que alimenta os mercados criminosos, mas é o deus dos cristãos que agride a sexualidade das pessoas para transformá-las em escravas e constrói os mercados criminosos dentro dos quais obriga a pornografia.

O ódio pela sexualidade que a igreja católica identifica como "pornografia", dando a essa palavra um significado depreciativo porquê ela liberta as pessoas da coerção repugnante com a qual a ela, a igreja católica, as constrange, está bem representada em 'Vênus no tribunal da penitência - Sexo em confissão" de Monsenhor de Bouvier:

"Desse modo, o falar obsceno, como o atribuir ao sexo as partes vergonhosas do corpo de outra pessoa, o comentar-se sobre a conjunção carnal e dos modos dessa conjunção, mesmo quando se fala sem ter um prazer voluptuoso, mas por brincadeira para provocar riso, é avaliado como pecado mortal, porque tal linguagem, por sua própria natureza excita; movimentos libidinosos especialmente nas pessoas (tanto as que falam como as que escutam) que não são casadas e são ainda jovens: é inclusive isto que diz s. Paulo, I aos Coríntios, 15,33: "as conversações corrompem os bons costumes". Eu disse, pessoa especialmente não casada, por razão de que certamente os desposados não se comoveriam tão facilmente estando eles habituados aos atos venéreos. Todavia, aqueles que dizem coisas obscenas na presença de pessoas casadas, mas que no entanto não são casadas entre elas, é bem difícil que não pequem mortalmente."

[...]

"Aqueles que exercem a autoridade sobre outras pessoas, sobretudo os pastores e confessores devem, diligentemente, obter dos inferiores, a eles deixados sob custódia, a subordinação de não contraírem o hábito de falarem ou cantarem de um modo pouco casto, em memória das seguintes palavras de s. Paulo: "Que não se fale entre vocês da fornicação ... e de outras impurezas;... sejam como os santos, e reputem como sendo obscenas a vocês cada imoralidade sexual, cada palavra imbecil, cada vulgaridade." (Efésios, 5, 3 e 4) - Extraído de: "Vênus no tribunal da penitência - Sexo em confissão" de monsenhor Bouvier com comentário de Barbara Alberti

É de tal maneira violenta a ação da igreja católica contra as pessoas que, elas se revoltam contra o ódio do deus-patrão cristão. Quando a sociedade se modifica, então, são produzidos comportamentos como estes extraídos de um artigo do jornal 'Il Gazzettino di Treviso', no início de Fevereiro de 2010:

*Treviso. Garotas espiam, na escola, videos pesados gravados com celulares e webcam.

*Elas têm 12 ou 13 anos de idade, e as curtas filmagens delas circulam em vários colégios. Há quem organiza competições de obras eróticas durante o intervalo das aulas.

de M.Z.*

TREVISO (1 de fevereiro) - A idade da inocência parece perdida no tempo, mesmo para os que não têm mais de doze ou treze anos de idade. Não hesitam em mostrar a nudez individual ou a experimentarem jogos eróticos. Por dinheiro para obter algum divertimento ou somente para se vangloriarem com os amigos. Uma jovem do ensino médio da província encontrou-se em uma situação difícil, e vendeu as gravações aos seus colegas por alguns poucos euros. De comprador a compradores, de e-mail a e-mails, o vídeo chegou a uma outra escola de Pádua.

Em uma outra mídia em Treviso foram os professores que mostraram o caso de uma estudante, muito jovem - nenhum problema pessoal particular, de família tida como normal - que surpreendeu com a distribuição, via celular, das suas imagens a um grupo de amigos. Nenhuma vantagem econômica, talvez somente o desejo exasperado de fascinar os da mesma faixa etária a dela. Em outra escola, de idades semelhantes, alguns alunos contaram acerca de verdadeiras e exatas competições de desempenho sexual, entre grupos de adolescentes, nas toaletes, durante o intervalo das aulas. Desde as aulas nas escolas até às paredes de casa: teria aumentado significativamente o número do fenômeno "web-girl", raparigas que se desnudam, por dinheiro, diante de uma webcam. Talvez os pais, sem saberem, assistem à TV na sala ao lado.

Em episódios semelhantes, os psicólogos que trabalham com o mundo jovem, com frequência se reúnem: "Sucede muitas vezes que os jovenzinhos se soltam da afetividade e do amor corporal e da sexualidade - esclarece A.S., responsável pelo centro de formação Paradoxa - Sucede-nos corriqueiramente de encontrarmos situações em que os jovens se vendem por dinheiro, e, sem fazerem uma ideia de que, vender uma imagem ou uma gravação pessoal constitui, de qualquer modo, uma forma de relacionamento."

Certamente, tratam-se de casos particulares, ou quando muito de uma minoria dos jovens de Treviso. No entanto, representam um indício de uma visão do sexo que está sempre mais presente, inclusive entre os adolescentes. Divulgada pela mídia e pela publicidade, e com aumento pela internet: "Seguramente a sociedade de hoje, comparada com a de quinze anos atrás, conforme nos ensinam a sociologia, a antropologia, a psicologia social, é uma sociedade muito, mas muito mesmo, comerciante e comercializada. Os jovens têm a necessidade de instrumentos que os valorizem, que causem a eles emoções, mas eles têm conhecimento de que devem evitar caírem nessa rede. De outra forma, estão se arriscando a perderem de vista aquilo que chamamos de valor pessoal." Além de perderem precocemente a inocência.*

IL GAZZETTINO, 01 de fevereiro de 2010

Não há nada de mal, nada de errado nisso que essas pessoas fazem. Infelizmente as ações delas sucedem em uma sociedade em que o cristianismo impôs a rapina, a pilhagem (mediante a violência psicológica) das pessoas que necessitam desfrutar do desejo sexual delas. Quem manifesta a sua necessidade sexual, na sociedade em que vivemos, torna-se uma presa. Um sujeito de quem se possa extorquir dinheiro. À essas jovens não foram fornecidos os instrumentos para se defenderem de eventuais agressões, tanto físicas como morais. A' elas não foram fornecidos os instrumentos para controlarem o que elas fazem, e para impedirem que elas se tornem vítimas do próprio jogo delas. As jovens acima mencionadas se expõem em uma sociedade em que o expor-se significa tornar-se imediatamente um sujeito de espoliação, para ser agredido e submetido. Desde o momento em que a sociedade se libertou do terror católico, os comportamentos da liberdade sexual se multiplicam. Os divórcios aumentam, as uniões livres de casais, as uniões homossexuais, etc. A sociedade saiu fora dos artifícios do cristianismo e está recuperando os comportamentos naturais.

"2355 - A prostituição ofende a dignidade da pessoa que se prostitui, ela se reduz ao prazer venéreo que ela provoca. Aquele que paga à prostituição peca gravemente contra ele mesmo: viola a castidade à qual a obriga o batismo, e macula o seu corpo, templo o espírito santo [1 coríntios 6, 15 - 20]. A prostituição constitui uma praga social. Normalmente investe com mulheres, mas também homens, crianças ou adolescentes (neste dois últimos casos o pecado é, ao mesmo tempo, inclusive um escândalo. O entregar-se à prostituição é sempre gravemente pecaminoso, todavia a imputabilidade da culpa pode relacionar-se à miséria, à chantagem e à pressão social." O catecismo da igreja católica , ed. Leonardo 1994.

A prostituição consiste em ceder parte do tempo e do corpo individuais conforme o salário. Todos os trabalhadores dependentes, que trabalham oito horas, estão se prostituindo. Todos aqueles que colocam ao serviço de alguém além da própria inteligência, o próprio corpo, a habilidade particular, o seu próprio tempo de vida estão se prostituindo.

Então, por quê criminalizar o uso que as mulheres fazem da vagina e das partes íntimas delas, ao invés de criminalizar do mesmo modo os músculos do operário ou a malícia do banqueiro? De qualquer maneira todos dão em garantia parte deles mesmos, seja o corpo, seja o tempo. Por quê criminalizar a sexualidade? Porquê o deus dos cristãos reputa completamente normal "possuir os homens". Reputa totalmente normal o direito específico dele de "massacrar os homens." Reputa totalmente normal constranger os homens a ficarem de joelhos diante da moral dele. O que o deus dos hebreus e dos cristão não reputa normal é a busca da liberdade dos homens. O deus dos cristãos não é um "deus Pai". Não gerou a vida e, por isso, não a reputa um bem precioso como se tivesse germinado das ações dele. Não cuida cuida para a expansão da vida. O deus dos cristãos é um "deus-patrão" que tem a pretensão de que a vida se curve aos seus desejos de eliminar os impulsos, com os quais, a vida nasceu e se expandiu em bilhões de anos. Assim, ele pretende matar a primeira força da vida. A pretensão dele seria a de eliminar a filha que os Planetas do Universo colocaram como o fundamento da vida na Natureza: Afrodite. As emoções que se manifestam, nos Seres Humanos, com o prazer sexual. Esse deus dos cristãos tem a pretensão de constranger o prazer sexual para sujeitá-lo ao seu querer. Da mesma forma como os cristãos usam os músculos e as armas para constrangerem os povos a se sujeitarem à fé cristã deles, do mesmo modo querem proibir a sexualidade, porquê o exercício da sexualidade liberta os indivíduos, e como consequência liberta da submissão os povos. Do momento que os cristãos comercializaram os corpos das pessoas para torná-las submissas ao deus-patrão deles, não criminalizam o operário que vende os seus braços e o seu tempo ao patrão, como um escravo jovem, mas criminalizam o homem ou a mulher que oferecem o sexo deles para sobreviverem em uma sociedade onde os homens, por obra dos cristãos, foram transformados em escravos com todo o seu corpo e com toda a sua alma.

Dessa forma a prostituta e o prostituto são os inimigos da escravidão cristã. Eles superaram a coerção da barreira moral imposta pelos cristãos, porquanto consideram pênis, vagina, e tudo o mais que se relaciona com a sexualidade, como órgãos do corpo que estão ligados à vida, como os braços, as pernas, e o estômago e assim por diante. A prostituta e o prostituto superaram o terror asqueroso da moral sexual imposta pelos cristãos. Com frequência somente com eles, as outras pessoas, aquelas que comercializam o sexo deles, desfrutando da liberdade sexual que, prostitutas e prostitutos se impuseram, podem falar livremente de sexualidade e de relacionamentos sexuais. Por isso os cristãos os perseguem e os constrangem a permanecerem na clandestinidade, na ilegalidade, inclusive quando as leis de um Estado não permite a ninguém de apropriar-se ou intrometer-se na administração do corpo alheio, pois essa administração cabe unica e exclusivamente à cada pessoa em particular.

Reich escreveu a propósito das dificuldades que haviam para as pessoas falarem em sexualidade, superando-se os tabus impostos pelos cristãos e pelos hebreus por mais de 2000 anos de domínio social:

"Em 28 de novembro de 1923 ocupei-me com a minha primeira e importante conferência sobre a 'genitália, do ponto de vista dos prognósticos e da terapia psicanalítica. Essa conferência foi publicada em 1924 em uma revista que tratava da psicanálise. Ela representava o fruto de três anos de observações. Enquanto eu me pronunciava percebi que a atmosfera, o ambiente aonde tinha lugar tal conferência, tornava-se cada vez mais fria, gélida. Como de costume eu me comunicava bem. Até aquele momento todos escutavam, e mantinham as atenções que, demonstravam interesse pela conferência. Quando eu terminei, na sala, havia um silêncio glacial. Após um intervalo breve teve início a discussão. Então, disseram que a minha afirmação de que o distúrbio genital era um sintoma importante, se não o mais importante, nas doenças nervosas, estava errada; todavia diga-se que, segundo ela, tendo por base o exame da genitália, era possível estabelecer critérios indicadores dessas doenças as consequentes terapias. Dois analistas afirmaram, taxativamente, que conheciam um grande número de pacientes do sexo feminino que 'tinham uma vida sexual perfeitamente sadia.' Esses analistas pareciam-me mais inflamados e mantinham a discrição científica, que lhes era habitual." Extraído de Wilhelm Reich de "A função do orgasmo" - 1923, ed. Sugarco 1980, p. 112

Se estas eram as dificuldades de Wilhelm Reich para poder falar de sexualidade, em âmbito acadêmico, imaginemos em âmbito "popular" quantos obstáculos e quantos tabus devidos à ordem de deus para "não se fazer amor, não ser praticado o coito, não praticar-se a transa", um mando, efetivamente, imposto às pessoas. A análise da vida sexual, realizada por Reich, particularizava distúrbios gravíssimos acarretados pelo tabu imposto pelos cristãos: o ato sexual era praticado através de um comando eivado pelo poder e apropriação e não como um modo natural para se viver a vida:

"Quando, mais precisamente, os pacientes descreviam o comportamento deles e as suas sensações durante o ato sexual, mais segura tornava-se a minha convicção clínica de que todos, sem exceção, estavam acometidos por distúrbios graves, principalmente aqueles homens que alardeavam possuírem ou conquistarem muitíssimas mulheres e de serem capazes de com elas "realizarem" o coito inúmeras vezes em uma só noite. Já não havia uma dúvida sequer: esses são os que têm uma grande potência para a ereção, esses são os que no momento da ejaculação não experimentam o prazer em si mesmo, ou, experimentam um prazer mínimo, ou ainda, ao contrário, sentem nojo e desgosto pelo ato sexual em si mesmo. As análises exatas das fantasias durante o ato sexual revelaram, na maioria dos casos, um comportamento sádico, ou vaidoso, em relação aos homens; e um comportamento de medo, de aversão ou de masculinidade, nas mulheres. Para o assim denominado homem potente, o ato significa perfuração, subjugação, e, conquista da mulher. Estes querem, simplesmente, transmitir uma prova da potência deles, ou serem admirados pela prolongada ereção deles. Era fácil destruir essa "potência" deles revelando-lhes os motivos. Por detrás dessa "potência" escondiam-se distúrbios de ereção e de ejaculação. Em nenhum destes casos havia o vestígio mínimo de um comportamento involuntário ou abandono da vigilância (para não falhar na realização do ato sexual)." Extraído de Wilhelm Reich de "A função do orgasmo" 1923 ed. Sugarco 1980, páginas 114 - 115

Reich descobre as anomalias do orgasmo. A separação da atividade física da atividade psico-emotiva realizada pela educação imposta pela igreja católica, e pelo cristianismo em sua totalidade. O trabalho de Reich sobre as causas das neuroses é um trabalho inatacável. A causa primeira de neurose é a que se refere à estrutura sexual-emotiva das pessoas, que é engaiolada dentro da moral do deus dos cristãos que ordena a "não fornicar" e com isto as consequentes divulgações da proibições, que os cristãos impõem ao ato sexual em si e por si mesmo. A nevrose é uma síndrome patológica devida à organização da sintomatologia psíquica do indivíduo, naquilo que gira em torno dos estados específicos de ansiedade, temores. O temor que deveria ser um instrumento para servir à estrutura psíquica do indivíduo, preparando-a, assim, para enfrentar um evento, ao contrário, através da educação cristã, torna-se um estado psíquico aonde se enxerta o pavor por um possível evento; construindo-se desse modo uma barreira entre o pavor pela angústia em enfrentar o evento, e o evento em si mesmo. Um pavor que é exorcizado por meio de uma série de rituais que, no caso da sexualidade negada pelo cristianismo, se transforma em atos e atitudes de machismo, de posse da outra pessoa no momento ou não do ato sexual, e não como sendo um ato dentro da própria vida, tal como ela realmente é. Rituais que se transformam em violência dentro do cenário sexual, até a ponto de caracterizar-se o estupro e a violência sexual contra menores de idade.

Para o deus dos cristãos, o ato sexual, deve ser demonstrado apenas e tão-somente como um ato de posse, de apropriação do outro Ser Humano (nota do aqui tradutor: haja vista que, o sexo em si mesmo, foi considerado um pecado oriundo dos personagens bíblicos Adão e Eva - dos hebreus -, portanto já é encarado pelos Seres Humanos como algo passível de nojo, algo hediondo que surgiu por culpa da mulher e do homem, e, em sendo assim, aceitável pelo deus-patrão apenas para a procriação), e não como um ato decorrente da própria vida.

Essa posse é praticada por intermédio da violência que impede as pessoas de manifestarem o direito privativo que elas têm, que cada Ser Humano tem para desfrutar do seu próprio corpo físico e psíquico. Nisto, mesmo se a igreja católica, formalmente, condena o estupro, na realidade ela faz do estupro a única prática sexual que o seu deus admite e, pretende controlar, como uma legítima propriedade sua (ou seja, única e exclusivamente, para a procriação). Disto, o estupro surge como uma arma de guerra contra pessoas integrantes de outras populações: estuprar para manchar a honra de outras mulheres; e homens aniquilando a capacidade deles de decisão psico-emotiva diante da vida.

"2356 - O estupro indica a entrada por uma abertura, com a violência, na intimidade sexual da pessoa. Isso viola a justiça e a castidade. O estupro lesa profundamente o direito ao respeito, à liberdade, à integridade física e moral de alguém. Acarreta um dano grave que pode marcar a vítima por toda a vida. É sempre um comportamento particularmente ruim. Ainda mais grave é o estupro cometido por parte de parentes, com laços estreitos (incesto), ou por educadores que causam danos aos seus alunos que lhes são confiados." - O catecismo da igreja católica; ed. Leonardo, 1994

O estupro é a única prática admitida, de uma forma indireta, e concedida pelos cristãos aos seus seguidores.

"Isso viola a castidade", diz a igreja católica. Com isto a igreja católica quer dizer: Não viola a pessoa, enquanto sujeito de direitos, mas viola a moral (imposta por ela). Este modo de se pensar na sexualidade foi o anunciador de sofrimentos imensos entre os Seres Humanos. As pessoas eram violentadas, eram estupradas, e a igreja católica afirmava que esses atos criminosos eram atos contra a moral, ou seja contra o seu deus, e não um delito contra a pessoa, contra a própria vítima. "Tu procuraste a violência; e agora que tu foste violentada, nós te processamos!"

*Em 15 de fevereiro de 1996. A violência sexual agora vem a ser crime contra a pessoa. - Tiro da internet um ligeiro resumo jurídico de um evento:

"A Lei n° 66, 'Normas contra a violência sexual', introduz a nova figura de crime contra a pessoa, quando se trata de violência sexual. O ponto central da nova disciplina jurídica é representado, precisamente, pela mudança da objetividade jurídica nos delitos em matéria de liberdade sexual que, em relação ao código Rocco, agora assumem dignamente o lugar de crimes contra a pessoa, e não mais como crimes contra a moralidade pública e os bons costumes. Não se trata de pura e simples modificação verbal; ao contrário, estamos diante de uma nova nova acepção, de um novo conceito rico em repercussões no plano jurídico, porquê sanciona-se que a livre vontade do indivíduo, aquela vontade que lhe falta ao sofrer a violência, constitui o elemento mais importante, resultando, desta forma, secundário, acessório, o princípio violado da moralidade pública, do público interesse, ou diretamente do interesse do Estado: colocar no centro, como fulcro, o indivíduo, significa apresentá-lo como o princípio basilar de um estado liberal.

Um aspecto, todavia, inovador da lei, é o que está voltado à escolha do legislador em eliminar a distinção entre a conjunção carnal e os atos libidinosos, unificando deste modo a conduta delituosa da violência sexual proveniente de atos sexuais não ulteriormente determinados, cometidos com violência ou ameaças, bem como mediante o abuso de autoridade. Este enunciado, dentro das intenções do redator, teria o escopo preciso de evitar que a vítima, a pessoa ofendida, continue a se submeter às perguntas que necessitam de explicações humilhantes, perguntas que no passado eram necessárias ao juiz para que ele determinasse, tendo por base a violência cometida, a espécie legal aplicável ao caso.*

A luta feroz que a igreja católica encetou contra o Estado italiano para que não fosse aplicada a ordem Constitucional, e para que ele continuasse a considerar as pessoas como objetos de posse do seu deus privativo, foi imensa; e, assim sendo, para que não fosse a pessoa que tivesse o direito de pedir justiça pela violência sofrida, mas que fosse o deus-patrão dos cristãos a invocar pela "justiça". Porque o escravo dele tinha sido ofendido, na moral, por um outro escravo que o violentou. Pois, sendo dessa forma, o transgressor teria violado a moral imposta pelo patrão que era a de "não fornicar, não fazer amor, não transar..."

Considerar o ato sexual como um gesto que ratifica a posse sobre um indivíduo é um modo que, além de ser condenável formalmente, justifica e legitima o estupro contra a pessoa. Desta lógica, efetivamente, os procedimentos penais, antes da modificação da lei, o indivíduo que havia sofrido abusos, sofria um processo que averiguava os seus costumes morais. Tal processo constituía um atenuante e uma justificação para quem havia estuprado a vítima: "Tu provocaste com o teu comportamento o que ocorreu!"

A igreja católica, com o princípio de "Não copular!", do seu deus, tornou-se responsável, ela e cada cristão, pelo incentivo ao estupro.

Trago à lembrança que o modelo usado pela igreja católica para tornar o estupro legítimo é a Maria dos cristãos que, em Lucas, recita o magnificat (ou canto de Maria). O magnificat é o comportamento ideal, das vítimas, pretendido pelo estuprador (em outras palavras: que as vítimas se sintam felizes por terem sido estupradas).

"2357 - A homossexualidade define as relações de homens, mulheres, que experimentam uma atração sexual, exclusiva ou predominante, entre pessoas do mesmo sexo. Ela se manifesta de variados modos por longos séculos e em culturas diferentes. A sua gênesis psíquica permanece, em grande parte, inexplicável.

Apoiando-nos sobre a Sagrada Escritura, que apresenta as relações homossexuais como depravações graves, a tradição sempre declarou que os atos de homossexualidade são particularmente desordenados." [Congregação para a doutrina da fé: Ratzinger]. São relações contrárias à lei natural. Impedem o presente da vida por meio do ato sexual. Não são relações que integram o fruto de uma verdadeira e afetiva sexualidade. Em nenhum caso podem ser relações aprovadas." O catecismo da igreja católica, ed. Leonardo, 1994.

O vínculo natural diz que "O homem é uma mulher mal feita!" O princípio masculino da vida é uma variação do princípio feminino. Se de um ponto de vista físico a diferença é marcante, do ponto de vista psico-emotivo nem sempre a diferença é suficiente para caracterizar, adequadamente, uma diferença psico-emotiva masculina de uma feminina. Quase sempre no homem os caracteres masculinos constituem um "revestimento" de uma essência feminina, marcadamente presente. Seja na percepção do prazer sexual, seja no modo de construir as relações com o mundo. Se a esta condição natural acrescentarmos o artificioso e a perversão da educação cristã, então encontraremos os caracteres do machismo e da masculinidade como uma extensão de estratégias de defesa social e moral, com características homossexuais. Em outras palavras, os homens homossexuais se defendem das agressões da educação cristã desenvolvendo comportamentos machistas ou masculinos (que com frequência mostram-se agressivos às mulheres), atrás desses comportamentos escondem-se as tendências homossexuais particulares.

A repressão colocada em ação, pelos cristãos, contra a homossexualidade, foi organizada para transformar em criminosos os comportamentos sexuais que não garantem o gado ao deus-patrão. Ou seja: cada ato sexual não pertence ao homem que o executa, mas é para o prazer do deus-patrão. O prazer desse deus não se manifesta no ato sexual, mas se manifesta na prole que o ato sexual produz. É como para o criador de ovelhas. Para o criador de ovelhas, o deus dos cristãos, é indiferente que as suas ovelhas produzam filhos por meio do ato sexual ou pela inseminação artificial. Ao carneiro o importante é o ato sexual, por meio do qual ele alimenta o seu crescimento emotivo. Da mesma forma ao deus-patrão dos cristãos as necessidades dos seus escravos não lhe interessam, porquê eles devem obediência a esse deus, a ele interessa somente gado que vier a ser parido:

"Proliferai, multiplicai-vos e enchei a terra, e sujeitai-a e dominai..." Gênesis 1,28

Por outro lado, os cristãos usaram a ideia do homem que o homossexual tem, ideia essa que os cristãos usaram para impô-la como um modelo social. É o mesmo modelo sexual de Jesus, que é o exato exemplo da moral de um homossexual reprimido, que deve defender os seus impulsos contra a agressão de uma sociedade que considera ilegais esses impulsos, considera-os malvados, perversos. Nos evangelhos não existe nenhuma amostra da sexualidade de Jesus. As mulheres, descritas nos evangelhos, constituem um modelo preciso de mulher tal como a ideia que os homossexuais têm da mulher, e que muitos deles imitam como um modelo existente na imaginação deles (geralmente os transexuais são sujeitos sexuais extremamente desejados, não tanto pela "diferença" deles, mas porquê aderem a um modelo de feminilidade que, os cristãos, por intermédio da educação que recebem, inculcam na imaginação masculina, desde a infância: mulher servil, submissa, complacente).

No final, quem pagou o preço maior pela repressão dos homossexuais foram os machos heterossexuais, aos quais foram impostos os modelos comportamentais esquisitos e não naturais.

As mulheres pagaram e pagaram os homossexuais (tanto mulheres como homens), que tinham no coração a liberdade para os Seres Humanos e para a sociedade, e não a satisfação mediante a posse e o abaixamento das pessoas à escravidão. A liberdade sexual advinda do horror imposto pelo sexto mandamento da igreja católica, é uma liberdade que beneficia a sociedade inteira não somente dos homossexuais perseguidos e reprimidos por uma machismo que, somado a tudo, tem as suas raízes na homossexualidade propagada com o delírio da posse.

"2358 - Um número não insignificante de homens e de mulheres apresentam tendências homossexuais inatas. Eles não escolhem para serem homossexuais; a homossexualidade constitui para a maior parte deles uma prova. Por isso devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Deve-se ter cautela para evitar-se marcá-los com uma discriminação injusta. Tais pessoas foram designadas para realizarem nas suas vidas a vontade de deus. e, se são cristãs, devem unir o sacrifício delas, à cruz do patrão, e as dificuldades que possam encontrar como consequência da condição delas. " O catecismo da igreja católica ", ed. Leonardo 1994

Depois de ter agredido todas as sociedades, criminalizando as tendências sexuais, para ser imposto o "não fornicar", depois das críticas e depois de tê-los marginalizado, a igreja católica tornou-se tolerante em seguimento às atrocidades que cometeu; a igreja católica continua a cultivar o seu ódio feroz, dizendo:..."devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza". A igreja católica, com essas suas palavras, continua a considerar os homossexuais como não pessoas. Ela pensa neles como integrantes de uma manada, querendo mostrar-se magnânima, generosa, que os acolhe com delicadeza e doçura, após tê-los massacrado por mais de 2000 anos e tê-los enquadrado num modelo perverso diante da sociedade.

A ideologia da igreja católica é clara. Todo o sistema religioso de Paulo de Tarso, nela contido, pronuncia-se do seguinte modo: fazer-se "eunuco para ganhar o reino dos céus!"

"Digo-lhes por concessão, não como mandamento. Porque desejaria que todos os homens fossem como eu; porém, cada um tem de deus o seu próprio dom; um de um modo, outro de outro modo. Digo aos solteiros e às viúvas: seria bom a eles permanecerem assim como eu sou; todavia, se não têm continência, casem-se; porque é melhor casar-se do que abrasar-se. 1 Coríntios 7, 6-9

Para salientar o direito da igreja de massacrar os homens que se dedicam à homossexualidade (comparando-a com todas as espécies de delitos), o catecismo da igreja católica cita, como se isto fosse legítimo, o massacre realizado pelo seu deus-patrão contra os habitantes de Sodoma e Gomorra (lembro a todos que esse delito, que está no rol dos delitos contra a humanidade, não prescreveu, e mais cedo ou mais tarde, o deus dos hebreus, da igreja católica, com todos os seus seguidores, serão chamados para responderem a esse delito). A igreja católica cita, como se isto lhe concedesse uma legitimidade social, Paulo de Tarso, em I Coríntios, Romanos e 1 Timoteo.

Do tipo:

"Por isto deus abandonou-os às paixões indecorosas; as mulheres deles trocam as relações naturais por aquelas que são contra a natureza [tu custodias os filhos deles? Nota Claudio Simeoni]; e também os homens, a relação natural com a mulher foi abandonada, se inflamaram com uma concupiscência muda cometendo perversão machos com machos, recebendo a retribuição que mereciam pela perversão deles." Paulo de Tarso, carta aos Romanos 1, 26-27

"Não sabeis os injustos não ganharão o reino de deus? Estai atentos para não vos iludirdes: nem fornicadores, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avaros, nem bêbados, caluniadores, nem bandidos, herdarão o reino de deus". I Coríntios 6, 9-10

"Nós sabemos que a lei é boa sempre que dela façamos um uso legítimo, sabemos muito bem que ela não é feita para os justos, ao contrário, é para os maus e os rebeldes, os blasfemadores e os pecadores, os parricidas, os matricidas, os homicidas, os impudicos, os sodomitas, os comerciantes de homens, os mentirosos, os perjuros, e quaisquer outros vícios que vão contra a santa doutrina, conforme o evangelho da glória do beato deus, que a mim foi confiado". I Timoteo 1, 8-11

Um ódio de Paulo de Tarso que constrangeu os Seres Humanos em nome e sob a responsabilidade do seu deus-patrão.

Esse ódio foi estancado pelas leis e pela Constituição que, diferentemente de tudo aquilo com que Paulo de Tarso delirou, são leis elaboradas para proteger os justos contra a malvadeza do deus dos hebreus e dos cristãos.

Aos 8 de fevereiro de 1994 o parlamento Europeu contra o ódio dos católicos, que na Itália através de relacionamentos mafiosos que eles têm com os políticos, ainda impede o reconhecimento de casais de fato, compreendidos também os homossexuais, aprova a resolução contra a discriminação dos homossexuais.

*Resolução européia sobre a discriminação dos homossexuais*

*8 de fevereiro de 1994*

- O Parlamento Europeu aprova a "Resolução sobre a igualdade de direitos para o homossexuais na Comunidade -

- No âmbito das "Considerações gerais" , tal resolução reitera a convicção de que todos os cidadãos devem receber o mesmo tratamento e que, portanto, a Comunidade Européia tem o dever de concretizar o princípio da igualdade de tratamento das pessoas, independentemente das tendências sexuais delas. Além disto, o Parlamento Europeu salienta a convicção que a tutela dos direitos do homem deve encontrar uma expressão mais eficaz nos tratamentos comunitários e, convida, portanto, as instituições da comunidade a providenciarem a criação de um organismo europeu que possa garantir a atuação da igualdade de tratamento sem que haja distinção de nacionalidade, convicções religiosas, cor da pele, sexo, tendência sexual ou outras características. Este último passo é extremamente importante porque pela primeira vez é reconhecido que as tendências sexuais está compreendida entre os possíveis fatores discriminatórios que devem ser combatidos e eliminados.

- A Resolução dirigindo-se, posteriormente, aos Estados-Membros, convida-os a abolirem todas as disposições de lei que criminalizam e descriminam as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo, e solicita para que seja estabelecido o limite de idade para o acordo e para a salvaguarda, e para que esse limite de idade seja o mesmo tanto para os relacionamentos homossexuais quanto para os relacionamentos heterossexuais.

- O aspecto mais importante e de maior relevância ao que concerne à esta resolução reside, todavia, nos requerimentos à Comissão à qual o Parlamento reivindica que seja apresentada uma Exortação sobre a equivalência de direitos dos homossexuais em que o ponto de partida deve ser a igualdade de tratamento, para todos os cidadãos comunitários, independentemente da orientação sexual deles e do fim de cada discriminação jurídica com fundamento na orientação sexual. Particularmente são três os propósitos principais que o parlamento se propõe a atingir com esta Exortação:

1. Acabar com os diferentes e discriminatórios limites de idade para o consenso do ato sexual, segundo seja ultimado por um homossexual ou por um heterossexual.

2. Acabar com os obstáculos inseridos que impedem o matrimônio de casais homossexuais, e consequentemente acabar com os impedimentos para a criação de um instituto jurídico equivalente que garanta totalmente os direitos e vantagens do matrimônio e que consinta os registros das uniões.

3. Acabar com qualquer delimitação do direito dos homossexuais de se tornarem genitores ou de adotarem ou de terem a tutela de crianças.

(os textos: o crime de violência torna-se um crime contra a pessoa, e, a resolução Européia contra a discriminação dos homossexuais foram retirados do site:

http://www.tesionline.it/news/cronologia.jsp?evid=3687)

Com esta resolução o Parlamento Europeu condena à infâmia o deus dos cristãos, o cristianismo e a igreja católica privando-os do direito de pertencerem à estrutura humana. De fazerem parte da dignidade do Homem.

Desse modo o "não fornicar" revela-se com o seu significado: uma atitude desumana de quem pretende transformar os Seres Humanos em gados.

Marghera, 05 de fevereiro de 2010

A tradução foi publicada 29 de junho de 2016

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

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Os dez mandamentos hebreus e cristãos

Os dez mandamentos de hebreus e cristãos constituem um conjunto de leis que legalizam a escravidão, a matança indiscriminada e a transformação dos indivíduos de sujeitos titulares do direito Constitucional a objetos de posse. Os dez mandamentos são leis elaboradas por um chefe para que certifiquem que ele é o chefe.