A discussão dos construtores da Religião Pagã

Terceira parte

O Significado de progredir na liberdade

Da ideologia religiosa que pretende a posse das pessoas, à ideologia da liberdade do homem

Claudio Simeoni
traduzido por Dante Lioi Filho

A discussão dos construtores da Religião Pagã

 

progredir na liberdade

A violência, esse monstro praticado por meio da ação de muitos homens, é usada para reduzir as pessoas a simples objetos de posse, com frequência massacrando-as. Uma forma de massacre que coloca os homens uns contra os outros, quando as religiões diferentes, ou interesses econômicos representados pelas diversas religiões, disputam a posse da pessoa, de grupos de pessoas, povos ou nações. Para eliminar essa violência há apenas um meio. É necessário refutar, desmentir a ideologia religiosa da posse das pessoas, com a ideologia da autodeterminação dos Seres Humanos contra qualquer pretensão de um deus-patrão que deseja possuí-los. Contradizer a ideologia da "verdade", que deseja a aquisição dos corpos das pessoas (das mulheres, das crianças, dos que são marginalizados, dos doentes, etc.); é necessário encarar com a ideologia da liberdade, impondo, assim, às religiões da posse humana (monoteístas e budistas) o respeito pela autodeterminação das pessoas, para que elas possam administrar como bem entendem os seus corpos e vidas individuais.

A história conhece somente dois tipos de religiões: as religiões que impõem uma "verdade", e que, portanto, agridem as pessoas exigindo, de um modo ou de outro, que elas se submetam a essa "verdade"; e as religiões da liberdade que, reconhecendo os obstáculos que se inserem no curso do desenvolvimento das vidas dos homens, indicam a eles quais os obstáculos que devem ser removidos para que readquiram o controle exclusivo, pessoal, bem como o controle do seu futuro.

Nós progredimos com a religião da LIBERDADE, e somos contrários a cada religião que transforme o homem em um objeto para ser possuído por um deus-senhor qualquer e, por extensão, por quem o representa ou afirma representá-lo.

Em outras palavras, somos contrários a todas as religiões monoteístas, melhor dizendo somos contrários ao cristianismo (incluindo todas as suas seitas), hebraica (inclusas todas as suas ramificações), islã (e todas as suas divisões), abrangendo o budismo, porquê são religiões injustas e inumanas. Todas elas têm uma "verdade" para ser imposta ao homem para impedi-lo de ter a sua liberdade pessoal e dentro da sociedade. Todas essas religiões cometem o homicídio, a eliminação do homem para o triunfo da "verdade" delas e dos seus representantes, para a glória de um deus-patrão.

Nós despertamos com a reflexão de que a religião Pagã Politeísta abrirá um debate ulterior entre os Seres Humanos com relação à liberdade social, com referência ao direito que pertence à pessoa individualmente (especialmente as mulheres) de comandar o seu próprio corpo, isto é o direito de guiar-se como pessoa (e não como uma besta guiada e dominada pelo seu zagal); conforme as características peculiares da democracia moderna e dentro dos seus deveres das Instituições paralelamente aos cidadãos.

Nestes dois mil anos temos presenciado as guerras mais cruéis provocadas pelas religiões monoteístas, quais sejam o cristianismo, o islã, hebraísmo e budismo, executando chacinas da nossa espécie, contra a humanidade; guerras sem significados a não ser com uma finalidade (ilusória) em construir e organizar as várias sociedades tendo por base o modelo da "cidade de deus", sociedades que vêm disseminando ódios, discórdias e matanças, com o único objetivo que é o de coagir o homem à obediência e à submissão ao característico deus-patrão.

Nestes dois mil anos assistimos a necessidade de liberdade da humanidade. A necessidade de liberar-se do horror da "cidade de deus". Um empreendimento do pensamento humano nobre e glorioso que salvou a humanidade limitando na sociedade a ação das religiões reveladas, na esfera pessoal da doença psíquica, denominada fé, vivida de uma forma privada. Quando a sociedade humana, no decorrer do seu desenvolvimento, chegar à eliminação (ou pelo menos à eliminação do proceder das instituições sociais) das pretensões, como sendo socialmente legítimas, da ideologia da posse dos indivíduos, então não haverá mais conflitos sociais porque as instituições terão como um ideal sagrado a autodeterminação da pessoa, para a construção do futuro social.

O estudo das leis, que regulam as relações emotivas na sociedade, nasce do desejo de eliminar a ideologia da posse das pessoas. Esta é a função da Religião Pagã. A ocupação da Religião Pagã é o de substituir os dogmas de uma "verdade" das religiões monoteístas e do budismo, por dogmas de liberdade que garantam o vir a ser do homem. Esta é a diferença entre nós, Pagãos Politeístas, e qualquer outra religião revelada, incluído o budismo.

Marghera, 19.09.2008

 

*As outras partes referentes a este discurso*:

Primeira parte: O Pagão Politeísta, a Religião Pagã Politeísta e as ideias erradas dos pagãos

Segunda parte: O que significa "fazer progressos" no Paganismo Politeísta

Terceira parte: O significado do progredir na liberdade da ideologia religiosa que tem a pretensão de possuir as pessoas, na religião Pagã Politeísta

Quarta parte: A ação moral do Pagão Politeísta no conjunto social

Quinta parte: o ser adepto à realidade social do Pagão Politeísta para a construção da Religião Pagã Politeísta

Sexta parte: A Federação Pagã e a sociedade do Pagão Politeísta

Marghera, 19.09.2008

 

A tradução foi publicada 25 de junho de 2016

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

 

Claudio Simeoni

Mecânico

Aprendiz Stregone

Guardião do Anticristo

Membro fundador da Federação Pagã

Piaz.le Parmesan, 8

30175 - Marghera - Venezia - Italy

Tel. 3277862784

e-mail: claudiosimeoni@libero.it

O Pagão e a Construção da Religião Pagã

Descobre-se que este escrito, originalmente destinado a outro, pode servir para construir algumas reflexões sobre como construir a Religião Pagã.