O símbolo da estrela de cinco pontas dentro de um círculo.
A Miséria da Wicca

SIGNIFICADOS E ORIGEM DOS SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS!

(De Claudio Simeoni, traduzido por Dante Lioi Filho)

Significados e origem símbolos

Em italiano: desvendar o que é desconhecido

In Italiano

A Wicca Inglesa e a dos USA têm como símbolo a estrela de cinco pontas inserida em um círculo, O significado da estrela são atribuídos aos elementos como o fogo, a água, a terra , o ar, e um outro elemento que vem definido como divino, ou como infinito, quinto elemento ou essência vital. A simbologia dos elementos, como representação da essência religiosa de um pensamento, é uma das formas mais elementares de representação religiosa, onde o simbolismo dos elementos vem encobrir e ofuscar a arte mágica da transformação do indivíduo. Se atribui a sacralidade ao elemento (água, fogo, etc.) e não à VONTADE DE EXISTêNCIA da qual aquele elemento, no momento em que exerço a minha atenção é portador. Na prática a evocação dos elementos dentro de um rito, se refere àquilo que é externo ao indivíduo e não do quanto sai do indivíduo para construir a relação com o mundo externo: a fusão da vontade e dos intentos.

Também nós como aprendizes de Stregoni e como Pagãos Politeístas, assumimos a Estrela de Cinco Pontas dentro de um círculo como símbolo para indicar NóS MESMOS! A esse símbolo atribuímos um significado relativo ao Ser Humano, que se constrói no Universo. Onde o Ser Humano é representado pela Estrela, enquanto o Universo é o círculo que a contém. Cada ponta da Estrela, para os aprendizes de Stregoni e os Pagãos Politeístas, representa um instrumento com o qual o Ser Humano se forja; a sua razão, o seu enxergar, o seu sentir, e os mundos em que acontece a sua construção; o mundo do quotidiano ou Supereu e os infinitos mundos da percepção ou o Eu psíquico ! E o pentágono central representa a vontade do indivíduo.

As pessoas revelam o seu pensamento religioso através do significado que atribuem à Estrela de Cinco Pontas. Através dos significados, as pessoas manifestam a qualidade de serem pessoas religiosas propriamente, e o seumodo de colocar-se diante do mundo.

Nós, como Aprendizes de Stregoni e Pagãos Politeístas, sabemos que qualquer pessoa pode usar um símbolo qualquer e atribuir um significado a esse símbolo, que melhor achar oportuno, mas também que a falta de clareza e uma aceitação calada sobre o fato de que quem quer que use o símbolo, que nós assumimos, leva não somente à confusões, mas favorece as ações destrutivas que em comparação com a construção do Paganismo Politeísta, o cristianismo por meio dos seus servos está organizando.

Pudemos constatar que muitas dessas ações destrutivas são organizadas por pessoas que se declaram serem Wiccanos, de pessoas que se definem esotéricos e buscadores de magia. A Wicca e a Magia Sexual são duas formas de representação usadas pelos cristãos para se mascararem, agirem no ambiente e círculos do Paganismo Politeísta para impedirem a construção da religião Pagã Politeísta, incitando em duas direções, de um lado tornando vil qualquer tentativa de estruturar um pensamento complexo da Religião Pagã Politeísta desviando-o para a superstição; e por outro lado incitando sobre o caráter sexual de modo a exilar o Paganismo Polisteísta dentro do âmbito dos impulsos sexuais.

Essas pessoas ou manifestam um pensamento pobre, ou então fazem uma grande exibição dos simbolismos sexuais, como em 2001, quando todos os órgãos de informação foram obrigados a se sobrecarregarem de sexo para serem aceitos, para que tivesse algum significado mágico ou esotérico!

Com frequência pudemos constatar que são pessoas que praticam o catolicismo (quando não se trata de verdadeira e exata trapaça católica, como em alguns sites e algumas revistas), mas se envergonham de serem submetidas ao louco de Nazaré, e então preferem encontrar o carniceiro de Sodoma e Gomorra sob a forma de a DEUSA e o DEUS.

Nós como Pagãos Politeístas e Aprendizes Stregoni, sabemos que mudando o nome a questão não muda. Como não muda o ataque feroz à liberdade religiosa neste país levado por católicos frequentemente escondidos sob os despojos e os significados dos símbolos Wiccanos, esotéricos, maçons ou cabalistas. Para os Pagãos Politeístas e Aprendizes Stregoni, um símbolo é a manifestação de um significado; sem um significado, o símbolo não tem razão de ser.

Vamos seguir a explicação da estrela de cinco pontas com as características de Jovens Streghe da Silver Raven Wolf:

" O símbolo mais incompreendido é obviamente a estrela de cinco pontas, chamada de pentagrama ou pentáculo. Um pentáculo é uma estrela de cinco pontas com o vértice para cima, inserida em um círculo. O pentáculo representa a Terra, o Ar, o Fogo, a água, e o espírito da humanidade, cercado pelo amor infinito (o círculo) do Espírito. "

Para compreender de onde deriva a "descoberta" Wiccana dos elementos, e a invocação deles, me servirei de um filósofo do Segundo Século, cético. Sexto Empírico que no seu tratado Contra os Físicos e Contra os Moralistas (já então teria algo a ver com a aberração católica), diz exatamente como essas ideias sobre os elementos foram elaboradas e passaram a existir.

Escreve Sexto Empírico:

" A pesquisa sobre a geração e sobre a corrupção empreendida pelos céticos contra os físicos diz respeito, de um certo modo, ao universo inteiro, do momento que entre aqueles que procuraram atentamente a estrutura do mundo, alguns fizeram nascer todas as coisas de uma coisa só, outros de mais de uma; e, entre aqueles que fizeram-nas nascer de uma só coisa, alguns de uma coisa não qualificada; e, entre aqueles que as fizeram nascer de uma coisa qualificada, alguns do fogo, outros do ar, outros da água, outros da terra; e entre aquele que as fizeram nascer de mais coisas, alguns de coisas numeráveis, alguns de dois, outros de quatro, outros de cinco, outros de seis; e, entre aqueles que as fizeram nascer de coisas infinitas, alguns de coisas semelhantes àquelas geradas, outros de dessemelhantes a estas; e entre estas últimas, algumas de coisas impassíveis, outras de coisas sujeitas a sofrer. Ora: de um corpo privado de qualidade, e único supuseram a geração do universo os Estoicos: de fato, no parecer destes, princípio das coisas existentes é a matéria não qualificada e conversível para o inteiro universo e, segundo as suas mudanças escondem os quatro elementos: fogo e ar, água e terra. De uma coisa única e qualificada, ao contrário, pretendem que todas as coisas tenham sido geradas Ippaso e Anassimene e Talete; dos quais Ippaso e também, segundo alguns, Heráclito de éfeso fizeram remontar a geração ao fogo, Anassimene ao ar, Talete à água, e Senofane, segundo alguns à terra: "Da terra todas as coisas e tudo acabam na terra."

" Entre todos aqueles que fizeram nascer todas as coisas de uma pluralidade numerável de coisas, o poeta Homero as faz nascer de duas, ou seja terra e da água, quando diz:

"Oceano gerador de numi e Teti materna" ou quando diz: "Mas todos vós podeis à água e à terra reduzir-vos"

E, segundo alguns, parece que pode convir com ele também Senofane de Colofone: estes, de fato, diz: "Todos, de verdade, da terra e da água descendem"

Da terra e do éter faz provir Eurípedes como se pode deduzir do fato que ele diz: "éter eu canto e terra, a mãe de todas as coisas".

De quatro, ao invés, Empedocle: "De todas as coisas de antes escuta as quatro raízes: Zeus resplandescente e Hera doadora de vida e Aidoneo (Hades) e Nesti ( divindade sicula da água) que banho com prantos de nós mortais as fontes"

De cinco coisas Ocello Lucano e Aristóteles: de fato aos quatro elementos esses acrescenta o quinto corpo, que efetua a conversão circular e da qual confirmam serem compostas as coisas celestes. De seis supuseram que brota a geração de todas as coisas os seguidores de Empédocles; de fato nos versos nos quais este fala das "quatro raízes de todas as coisas" põe a geração de quatro; quando ao invés ele acrescenta: "Luta funesta, dividida por estes, interrompida em qualquer lugar, e junto com estes, Amizade, igual em comprimento e largura", vem a se estender em seis os princípios de todas as coisas: quatro, aqueles materiais - isto é terra, água, ar e fogo-; dois aqueles ativos - Luta e Amizade - De coisas infinitas reputaram que deriva a geração da realidade Anassagora de Clazomene e Demócrito e Epicuro e muitíssimos outros; mas Anassagora de coisas semelhantes àquelas geradas, Demócrito e Epicuro de coisas dessemelhantes e impassíveis - vale dizer os átomos - , enquanto enfim, Eraclide Pontico e Asclepiade de coisas que são, sim, dessemelhantes, mas sujeitas a se partirem, e tais são exatamente as massas desarticuladas."

Isto é o que nos conta Sexto Empírico sobre conceitos filosóficos, e sobre as crenças sobre o gerar, como veio a se construir na antiga filosofia grega.

O debate da filosofia Grega Antiga argumentava sobre a individuação dos elementos que levaram o presente ao nascimento. Do presente, os Seres Humanos remontavam as transformações e se esforçavam em compreender aquilo que o presente tinha gerado, segundo as predileções que cada um deles tinha. Como poderia ter se gerado o presente?

Assim, a filosofia Grega tentava dar explicações no que diz respeito.

A Estrela de Cinco Pontas, para a Wicca, outra coisa não exprime senão a posição de Aristóteles. As cinco pontas são os quatro elementos (fogo, água, ar e terra) mais o elemento do divino, o quinto elemento. Estamos diante de absoluta noção superficial e incoerente, cristã, sobre a centralidade do homem no que diz respeito à criação divina em Silver Ravenwolf, que fala da quinta ponta como sendo o "espírito da humanidade!" Nada de mais horrível, se tivermos presente que o todo é circundado pelo "amor infinito" (não diz de quem) como manifestação do círculo que encerra os elementos. O Ser Humano de qualquer modo como manifestação do deus dominador, dono de tudo, ao qual acrescenta os elementos, e não como parte e expressão dos elementos. Na realidade, o opróbrio do "amor infinito" é uma degeneração católica do conceito de amizade de Empédocles, onde ao invés de serem os objetos que se fundem juntos para se construírem, existe um objeto externo que estupra os objetos manifestando "amor infinito".

Em um sujeito, os elementos se exprimem sempre! Se formos visualizar a representação mágica dos quatro elementos, podemos dizer que a terra é a materialidade que somos neste momento, o fogo é a Consciência e a Sabedoria que devemos nutrir, a água o mar infinito da Energia Vital inconsciente que nos circunda, e o ar é aquilo que alimenta o nosso fogo! Em Stregoneria é correta a visão de Empédocles que exprime os quatro elementos, mas os projeta no tempo, em Cronos, nas transformações. Onde os quatro elementos constroem o existente, através da solução das oposições que encontramos. De fato, Empédocles não usa o elemento na sua dimensão estática e material, mas o representa através da vontade de existência e de expansão. Para falar dos elementos usa o nome dos DEUSES! Do momento que o Ser Humano, outro qualquer Ser da Natureza, tem em si todos os quatro elementos, a sua construção acontece mediante a solução das oposições da própria vida. Exatamente com Luta furiosa e Amizade. Onde a Luta furiosa é a relação que o sujeito constrói com o mundo, além de como irá resolver a contradição, e Amizade são as alianças, o caminhar junto que o indivíduo constrói com os objetos do mundo no qual vive. Portanto, manifesta a sua VONTADE ! o seu ser um DEUS!

Vejamos como essas concepções filosóficas tem sido traduzidas pelo Wicca, conforme anotações do 'O Caminho da Deusa', de Phyllis Curott, Gran Sacerdotisa Wicca:

" Belona estava em pé de frente ao altar e apertava entre os seios o atame. A lâmina de quinze centímetros de comprimento apontava para baixo e sobre o cabo negro estavam desenhados vários símbolos - runas das bruxas, como as tinham chamado vovó. Eu não sabia que coisas significavam, mas sabia que o atame representava o ar e os poderes da mente - sejam lógicos como intuitivos - e vinha sendo usado para apontar e dirigir a energia. Era inquietante e mais ainda espantoso, mas vovó nos tinha assegurado que nunca era usado para fazer o mal. Enquanto eu observava Belona manejá-lo com habilidade, o atame me lembrou também um símbolo de poder obtido através do uso que estava fazendo uma mulher,

Rapidamente, levantou a lâmina cortando com decisão um fio de fumaça que levantava do braseiro. "Purifico e consagro esta criatura do ar, que possa entrar todo o bem em nome de Nike, deusa alada da vitória."

De novo, cortou o ar com um gesto indecifrável, desta vez sobre e através da chama que se alongou e se afinou, procurando lamber a ponta do punhal.

"Purifico e consagro esta criatura de fogo, que possa entrar em vocês todo o bem em nome de Amaterasu, deusa da iluminação corajosa".

Depois imergiu a lâmina no cálice cheia de água cintilante. "Purifico e consagro esta criatura d'água, que possa entrar em vocês todo o bem, em nome de Iemanjá, deusa das águas da vida."

Enfim, misturou o sal dentro do cálice. "Purifico e consagro esta criatura da terra, que possa entrar em vocês em nome de Brigantia, deusa da terra sacra."

Belona levantou o braseiro, mantendo-o pelas longas correntes de metal, e se dirigiu em direção à parte leste do nosso círculo, voltando as costas e movendo-se na obscuridade que se difundia no templo. Levantou o braseiro e começou a caminhar em sentido horário ao longo do círculo."

Em todo esse conto, assistimos à separação da divindade dos elementos, mas a divindade é chamada através de um tratar os elementos como se estes invocassem a divindade. Os elementos como portadores de uma divindade e não como portadores de todas as divindades do universo. A divindade é um objeto externo ao oficiante, não manifesta o seu intento, sendo que a evocação do oficiante não é um modo de tratar a divindade por meio da divindade dentro dele; mas ele manifesta um direito seu, de evocação, com base em uma técnica e não com base em um poder próprio para manifestar os DEUSES. Os DEUSES evocados devem se juntar, não estão presentes nos Seres que participam do rito, e os DEUSES evocados são donos das coisas. O rito impõe ao deus para levar o milagre, exatamente como na igreja católica: a prece impõe ao deus para conduzir o milagre.

Os elementos invocados pelos Wiccanos não aquilo que eles são, mas foram tomados da filosofia grega e esses elementos são atribuídos os papéis do deus dentro do rito.

No decorrer da idade média, os árabes conseguiram recuperar as obras de Aristóteles, e essas obras se tornaram parte dos trabalhos dos alquimistas e dos trabalhos mágico-filosóficos, que atravessaram a idade média. De modo que, por volta do ano de 1.500 ninguém mais contesta Aristóteles (Tomás de Aquino usa Aristóteles para confirmar a realidade do seu deus e das suas delirantes alucinações), com exceção de Pietro Pomponazzi, que constrói a crítica a Aristóteles, também sobre o seu quinto elemento, o divino. Segundo Pomponazzi, a alma (entendida como a essência divina dos Seres) se degenera com o próprio Ser porque é parte e expressão do Ser.

Pomponazzi, com os seus trabalhos, tenta destacar o Ser Humano da dependência do deus patrão e dominador de Aristóteles, que por meio de Tomás de Aquino, se tornou uma testemunha e um garantidor. A estrutura Aristotélica perde o seu valor de representação da realidade. Essa estrutura é confinada na história do pensamento humano, mas a Wicca a pesca novamente, porque uma estrutura assim simples (medíocre e de ordem espacial) é apropriada para a justificação do pensamento pobre Wiccano, que desta forma procura a garantia de Aristóteles.

Pomponazzi, o maior dos filósofos italianos, dos séculos XV e XVI, com toda a dificuldade do seu tempo, e da cultura da qual ele se originou, é o primeiro Aprendiz de Stregoneria, moderno, a transformar as percepções da Stregoneria em conceitos próprios da filosofia oficial. Pietro Pomponazzi é aquele que pode ser definido como um antecipador da filosofia moderna.

Para terminar os quadros que devemos analisar, vamos procurar o significado de Pentagrama sob a forma de estrela, significado contido no Dicionário dos Símbolos da Bur:

" O pentagrama, sob a forma de estrela, e não de pentágono, tem sido chamado na tradição maçônica "A ESTRELA FLAMEJANTE". J. Boucher cita, todavia, não sem reservas, esta interpretação de Ragon: "A estrela flamejante, junto aos Egípcios, é a imagem do filho de ísis e do Sol, responsável pelas estações e é emblema do movimento; de Hórus, símbolo da matéria prima, fonte inesgotável de vida, da centelha do fogo sagrado, sêmen universal de todos os seres. A estrela é para os maçons o emblema do Gênio, que eleva a alma à grandes coisas. O Pentagrama era o símbolo favorito dos Pitagóricos...Eles traçavam esse símbolo nas suas cartas como forma de saudação, com a mesma função da palavra latina 'vale, está bem.' O pentagrama era também chamado hygieia, do nome de Igea, deusa da saúde e se colocavam as cartas que compunham esta palavra sobre cada uma das suas pontas." O pentagrama exprime uma potência feita pela síntese de forças complementares."

A Estrela de Cinco Pontas, inserida em um círculo, não representa os elementos. Essa representação dos elementos constitui uma invenção da Wicca e têm esse significado exclusivamente para os Wiccanos, Um significado que serve exclusivamente PARA PRIVAR AQUELE SíMBOLO DO SEU SIGNIFICADO RELIGIOSO.

Aonde o significado religioso principal é dado pelo pentagrama que se forma dentro da estrela construída com uma linha contínua. Aquele pentagrama central está significando a VONTADE. E é o centro do Poder de Ser que o indivíduo irradia no mundo para construir as suas ações e as suas estratégias, e que o indivíduo alimenta exatamente para construir as suas ações e as suas estratégias. O pentagrama central tende a se dilatar. Se o ver e o sentir como as pontas da estrela da direita e da esquerda, se transformam, dada a transformação do indivíduo no seu crescimento (do ser Feto, do Ser Humano adulto ao Ser Luminoso), a Razão desaparece com a morte do corpo físico, e os mundos do quotidiano até os mundos da percepção desaparecem ou se modificam, percebidos com tensões, necessidades e sentidos diversos.

Se o significado da Estrela de Cinco Pontas dentro de um Círculo, vier a ser destruído, estaremos destruindo o significado da nossa ação: O Ser Humano que se constrói no Universo. Onde, neste universo, cada Ser e cada Auto Consciência tende a se construir e a se dilatar, menos o Ser Humano que estiver obrigado e constrangido a ficar de joelhos diante do carniceiro de Sodoma e Gomorra.

Essa não construção, essa vontade de destruir o Ser Humano, vem a ser confirmada pelo significado dado pela Wicca à Estrela de Cinco Pontas.

Mesmo se eu detesto o simbolismo numérico, porque é representativo de uma razão mísera, na história do pensamento, devemos recordar uma outra significação simbólica do pentagrama:

As suas pontas são a soma do três e do dois. Onde o três está para o simbolo masculino, enquanto o dois é símbolo feminino. Representaria, segundo alguns, o Ser Andrógino, isto é o corpo luminoso, que não tem sexo, nascido com a morte do corpo físico de homens e mulheres. Se para alguém houver qualquer dúvida, recordemos que pela biologia: um ser do sexo masculino outra coisa não é senão um ser feminino insuficiente! Isto é, uma variável no conjunto, mesmo se como espécie, e é exatamente porque usamos a razão, é que esquecemos disso.

Aonde, corretamente, dois são os mundos nos quais os Seres agem para se construírem, o mundo quotidiano da razão e os mundos da percepção, e três são os instrumentos de ação com os quais se penetram esses mundos; a razão, o ver e o sentir!

Portanto, a Wicca, mesmo se tem o direito de atribuir a uma figura o significado que ela melhor acredite, desnaturou o significado do pentagrama, para desnaturar e destruir o vir-a-ser mágico do Ser Humano. Ou, talvez, se quisermos vê-lo de um outro ponto de vista, a Wicca usou mão de um horror, dando significados mórbidos à Estrela de Cinco Pontas, simplesmente para ser aceita. O problema está em que o segredo com o qual os Wiccanos se cercam, protege sim, a pobreza do pensamento deles; mas esse segredo protege também em relação a eles, impedindo-os de viver naquilo que os poderia fazer construir: DISPUTA FURIOSA E AMIZADE!

O segredo com o qual os wiccanos se cercam é o meio com o qual estão sendo usados pelos católicos. Com essa manobra nenhum católico pode ser desmascarado quando se traveste de wiccano, porque o segredinho, atrás do qual se escondem, confirma a sua atividade de devastação social e religiosa! Por essa atividade dos católicos os membros da Wicca SãO RESPONSáVEIS POR TER FORNECIDO A ELES UM áLIBI !

É significativo, ou manifestação de inconsciência, que o oficiante do rito, descrito por Curott, se chame ou se faça chamar por BELLONA! Na Antiga Roma, Bellona é uma fúria guerreira, com ela se manifesta a BATALHA FURIOSA. Uma fúria que ficava ao lado de Marte nas guerras; Bellona incitava à guerra, Marte era a força que levava à saída para o estado de guerra! Os sacerdotes de Bellona, chamados Bellonari, tinham o dever de atirar com uma força furiosa a lança de Corniolo (uma madeira duríssima de um arbusto) no campo inimigo quando Roma devesse declarar a guerra. Do momento que o inimigo estivesse muito longe, com o passar dos séculos, existia em Roma um campo que era chamado o campo inimigo, no qual os Bellonari lançavam a lança para declararem guerra.

Marsilio Ficino traduz o "Corpus Hermeticum", atribuído a Hermes Trismegisto. O texto muito lido e usado, contribuiu para dar origem ao esoterismo e à filosofia da Alquimia. Ficino é o moderno que coloca em circulação igualmente textos filosóficos antigos, e junto com outras coisas, participa de um círculo conhecido como Academia Platônica. A tradução dos seus textos tiveram um grande sucesso, contribuindo, para dar o início àquele movimento de pensamento. que começará a levar a sociedade civil fora do horror imposto por meio da Bíblia cristã. Trata-se de um processo de transformação do pensamento social que parece quase percorrer novamente as mesmas etapas que levaram ao advento do domínio do horror cristão. O Neoplatonismo e o hermetismo mágico influenciam tanto a filosofia de Giordano Bruno como a dos pensadores do renascimento italiano. No Corpus Hermeticum está incluído um escrito dedicado a Asclépio com o título: "Livro sagrado de Hermes Trismegistos dedicado a Asclépio." Pelo que concerne aos elementos lê-se:

" Portanto, quatro são os elementos dos quais todo o universo se formou: o fogo, a água, a terra e o ar; mas deles há uma matéria só, uma alma só, um só Deus". O que, para os wiccanos, o quinto elemento é o deus cristão, e disto não há dúvida (mesmo se o travestem de Deusa).

Trata-se do medo de sair fora da estrutura educacional cristã. O medo de sair fora das certezas criacionistas, caracterizou todas as escolhas dos movimentos religiosos, diversos do cristianismo.

No que concerne aos wiccanos, trata-se de uma espécie de "pecado original". Aquela confusão ocorrida na origem das escolhas de Gardner, sempre escondida, por um misto de angústia e vergonha. Trata-se da dependência doutrinal de Gardner da elaboração de Aleister Crowley. Através do discurso sobre o Pentáculo, os wiccanos se ligam à ideia criacionista da vida, privando, assim, o mundo das consciências próprias, das inteligências próprias, das vontades próprias, dos conhecimentos próprios, inserindo-os, por sua vez, na concepção de "demônios" como entendida pelos Neoplatônicos em Jâmblico como "Os Mistérios dos Egípcios" (sempre infiltrado pelo pensamento ocidental de Ficino).

O "pecado original" dos wiccanos, coloca a Estrela de Cinco Pontas, o Pentáculo, dentro de uma visão criacionista, assumindo-a Aleister Crowley. Vamos ler em "Magick":

"Todos os Pentáculos conterão as concepções supremas do círculo e da cruz, mesmo se alguns preferirão substituir a cruz por um ponto ou uma Tau, ou mesmo por um triângulo. às vezes no lugar do círculo a auréola oval mística em forma de amêndoa (mandorla, em italiano), ou ainda o círculo pode ser representado como uma serpente. De vez em quando são representados o tempo e o espaço e a ideia da concatenação de causa e efeito, ou ainda as três etapas da história da filosofia, na qual os três objetos de estudo foram, sucessivamente, a Natureza, Deus e o Homem."

Construir um Pentáculo significa construir a si mesmo. Representar a si mesmo diante do mundo: eu sou aquela ou aquele que se constrói no universo ou no mundo em que vivo. Levar um Pentáculo significa: eu caminho junto do mundo, eu sou parte do mundo. O oposto do pentáculo é a cruz. Aquele que leva a cruz, diz ao mundo: eu sou aquele que transforma o mundo em um cadáver.

Os símbolos que nós levamos, manifesta as nossas intenções paralelas ao mundo,

A Estrela de Cinco Pontas dentro de um círculo, pode ser assumida como símbolo, apenas se nós conservamos e manifestamos o significado pelo qual usamos aquele símbolo. De outra forma, porá fim a todos os símbolos que os povos do passado perderam, porque não estavam mais em condições de evocar o divino, que naqueles símbolos queriam representar e recordar.

Valeria a pena recordar também que a Estrela de Cinco Pontas, o pentáculo, outra coisa não é senão a letra A, e isto é assumido pelos homens desde o primeiro alfabeto até a origem do alfabeto moderno: o Fenício, Mas esta é uma outra história!

Tradução para a língua portuguesa 2014

Claudio Simeoni

Mecânico

Stregone

Guardião do Anticristo

Tel. 3277862784

e-mail: claudiosimeoni@libero.it